Tania Queiroz (2025)
Pesquisadora e Doutora em Arte e Cultura Contemporâneas – Arte, Cognição e Cultura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, possui mestrado na mesma linha de pesquisa e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (1979), especialização em Sociologia Urbana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1985) e Licenciatura em Artes e Sociologia pela Universidade Candido Mendes (2007).
Foi professora substituta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro de 2005 a 2007. Coordenadora de Ensino, de 2007 a 2016, e professora, de 1992 a 2016, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Foi Coordenadora da Casa França Brasil – RJ de maio de 2016 a maio de 2017 e professora de Artes e Sociologia na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro de abril de 2010 a abril de 2020. Atualmente é diretora da Casa França Brasil-RJ e coordena a Escola sem Sítio, uma escola de idéias.
Alberto Saraiva (2022 – 2025)
José Alberto Saraiva (Manaus, Amazonas, 1967) torna-se o novo Diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no dia 11/04/2022.
O arte-educador, museólogo e curador com mais de vinte anos de experiência em gestão de projetos e instituições culturais foi nomeado por Danielle Barros, Secretária de Cultura, com aprovação do Conselho da Associação dos Amigos da Escola de Artes Visuais (Ameav).
Yole Mendonça (2020 – 2021)
Yole Mendonça assumiu o cargo em 10 de março de 2020 como nova diretora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Mestre em Bens Culturais e Proj. Sociais pelo Cpdoc/FGV. Jornalista pela UFRJ, possui MBA em Marketing pela Coppead-UFRJ e MBA Executivo pela FGV.
É Coordenadora de Conteúdo e Professora do MBA em Gestão e Produção Cultural da ABGC/Universidade Cândido Mendes-RJ. Trabalhou no Banco do Brasil, onde foi Executiva na Diretoria de Marketing. Inaugurou o CCBB São Paulo e dirigiu o CCBB Rio.
Foi Secretária Executiva da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e Secretária de Comunicação Integrada, respondendo pela comunicação, patrocínios e eventos presidenciais e pela coordenação com os Ministérios (2008/2012).
Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (2020)
Com a saída repentina do diretor Fabio Szwarcwald, em 2020, a gestão do Parque Lage ficou sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC), liderada pela secretária Danielle Barros. Esse período foi marcado pelos desafios impostos pelas programações e atividades marcadas e as práticas dessas ações com as ideias da gestão anterior.
A gestão da SECEC foi interina e durou cerca de dois meses, até que se estabelecesse uma gestão fixa. Além disso, a SECEC deu continuidade ao planejamento de obras de restauração do palacete do Parque Lage, com foco na preservação do patrimônio histórico e melhorias estruturais, incluindo acessibilidade e segurança. A gestão também reforçou a importância do Parque Lage como um centro cultural de referência.
Fabio Szwarcwald (2017-2019)
Fabio Szwarcwald dirigiu a EAV Parque Lage, entre 2017 e 2019, no qual trouxe sua experiência como economista e colecionador de arte para a gestão da escola. Antes de assumir o cargo, atuou por mais de duas décadas no setor financeiro e integrou conselhos de importantes museus, como o MAM-RJ e o New Museum em Nova York.
Durante sua gestão, enfrentou desafios financeiros e buscou fortalecer a captação de recursos para revitalizar programas essenciais. Retomou o Programa de Bolsas, ampliando o acesso de artistas em formação, e impulsionou uma programação diversificada com cursos, palestras, exposições e debates. Um dos momentos marcantes foi a realização da exposição “Queermuseu”, no qual coordenou a campanha de financiamento coletivo que arrecadou mais de R$1 milhão para trazer de volta ao Rio a exposição, reafirmando o compromisso da instituição com a liberdade artística e a inclusão.
Além disso, trabalhou na valorização do espaço histórico do Parque Lage, conseguindo apoio para iniciativas voltadas à sua preservação. Sua gestão ficou marcada pela ampliação do acesso à arte e educação, consolidando a EAV como um importante polo cultural no Brasil.
Lisette Lagnado (2014-2016)
Entre 2014 e 2016, a Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage foi dirigida por Lisette Lagnado, pesquisadora, crítica e curadora de arte. Nascida no Congo e radicada no Brasil desde 1975, Lisette possui doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo e atuou como curadora da 27ª Bienal de São Paulo em 2006.
No início de 2014, a convite de Marcio Botner, Presidente da Organização Social Oca Lage, então responsável de dois equipamentos de prestígio na cidade, a Casa França-Brasil e a EAV Parque Lage, Lisette foi convidada para atuar como sua vice-presidenta. Em agosto do mesmo ano, com a saída de Claudia Saldanha, então diretora da Escola, Lisette assumiu o cargo, ainda na gestão da Oca Lage, iniciando um novo programa de ensino e exposições.
Cláudia Saldanha (2008 – 2014)
A gestão de Cláudia Saldanha é marcada por uma transição política no país, com o término do segundo mandato de Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) consolidado no Brasil. Abre a disputa para um novo processo eleitoral, em que vence Dilma Rousseff, indicação de Lula para ser sua sucessora.
Dilma ganhou destaque na equipe de governo por formular o plano do governo na área energética ainda no mandato de Lula, quando foi convidada para ocupar a pasta de Minas e Energia em 2003 permanecendo até 2005. Em outubro de 2010 foi a primeira mulher eleita para ocupar a Presidência da República.
Luiza Interlenghi (2008)
A gestão de Luiza Interlenghi é marcada pela ausência de documentos o que dificultou o processo de pesquisa para elaborar uma análise mais profunda de sua atuação na Escola. Apesar do pouquíssimo tempo em que ficou na direção (aproximadamente sete meses), Luiza elaborou um relatório e apontou alguns problemas crônicos da Escola, que ao longo do tempo haviam sido identificados em maior ou menor grau pelos gestores anteriores.
O relatório apresentado dividiu os problemas em três campos: Ensino, EAV e a Sociedade, e Estratégias de Manutenção e Sustentabilidade Financeira.
Carlos Martins (2007 – 2008)
Carlos Martins foi diretor da EAV por um curto período, aproximadamente um ano. A característica mais marcante é a tentativa de estruturação da Escola em termos de gestão. Algumas medidas foram fundamentais para organizar e definir o funcionamento da EAV.
Essa gestão enfrentou sérias crises, agravadas pela demissão de todo corpo da Associação de Amigos da Escola de Artes Visuais – Ameav.
Reynaldo Roels (2002 – 2007)
Reynaldo Roels Júnior inicia sua atividade como diretor da Escola de Artes Visuais em setembro de 2002. Sua gestão pretendeu reforçar o papel de ponta que a EAV vinha desenvolvendo aos longos dos anos no ensino da arte no Brasil.
Realizou uma ampliação e extensão dos cursos do Módulo Básico. Outra iniciativa da gestão foi a concepção do Módulo de Desenvolvimento – em que os cursos visavam à orientação dos alunos que pretendiam seguir uma carreira artística.
Luiz Ernesto (1998 – 2002)
Depois da saída de Luiz Alphonsus da direção da EAV, Luiz Ernesto, que havia sido coordenador de Ensino, foi sugerido pelo conselho da Escola como sucessor e aceito por Lélia Fraga secretária de Cultura e Esporte, para assumir o cargo. Durante sua gestão, Luiz Ernesto enfrentou algumas mudanças de secretários de Cultura, Adriano de Aquino permaneceu no cargo de 1999 a 2000, sendo sucedido por Helena Severo.
Luiz Alphonsus (1995 – 1998)
Luiz Alphonsus Guimaraens é mantido no cargo como diretor da EAV, pelo novo secretário de Cultura, Leonel Kaz, em ofício enviado em 8 de fevereiro de 1995 e permanece no cargo até maio de 1998.
No início de sua nova gestão, Luiz Alphonsus convocou uma reunião com os coordenadores de núcleos para realizar uma reforma pedagógica, sugerindo reuniões quinzenais para que pudessem acompanhar e discutir, além das questões cotidianas da instituição, pontos específicos sobre o ensino.
Luiz Alphonsus – Maria do Carmo Secco – Xico Chaves (1993 – 1994)
Em novembro de 1993, Ignez Soares Pinto, que havia assumido a direção de forma interina, deixa o cargo depois da indicação do secretário de cultura Edmundo Moniz para que o artista Luiz Alphonsus Guimarães fosse o novo diretor da EAV.
A nova direção apresenta uma peculiaridade na história da Escola. Embora a escolha tenha sido do secretário de Cultura, os nomes foram indicados em uma lista tríplice, formada a partir de um consenso nas diversas assembleias organizadas na escola por professores e alunos, na qual, além de Luiz Alphonsus, havia os nomes dos artistas Maria do Carmo Secco e Xico Chaves, ficando decidido que o primeiro seria o representante legal. Luiz Alphonsus declara no jornal sobre a gestão compartilhada: “Serei o diretor de direito, mas não de fato. Prestarei contas à Secretaria sobre o funcionamento, mas, aqui na Escola, trabalharemos juntos”.[1]
João Carlos Goldberg (1991 – 1993)
Em maio de 1991 com a saída de Luiz Aquila da direção da Escola de Artes Visuais do Parque Lage inicia-se uma disputa pela sucessão entre o pintor Hilton Berredo e João Carlos Goldberg. Foi escolhido o segundo candidato por indicação dos professores e alunos da EAV, por meio de abaixo-assinado. João foi o segundo gestor (o primeiro foi Luiz Aquila) que não foi escolhido pelo secretário de Cultura, em geral responsável pela nomeação dos diretores da Escola.
Luiz Áquila (1988 – 1991)

Luiz Aquila, desde que ingressou na EAV, passou por diferentes cargos. Iniciou suas atividades como professor da Escola, na época de Rubem Breitman (1979–1983), foi presidente da Associação de Amigos da Escola de Artes Visuais – Ameav, na gestão de Frederico Morais (1987–1988), a quem substituiu como diretor. Diferentemente das outras sucessões, Luiz Aquila não foi nomeado pelo secretário de Cultura.
Frederico Morais (1987 – 1988)
Apesar do breve tempo em que foi diretor da Escola de Artes Visuais, pouco mais de um ano, Frederico Morais promoveu uma revolução estético-conceitual, tanto no ensino sob coordenação de Giodana Holanda, quanto nas exposições, núcleo coordenado por Nelson Augusto.
O programa de cursos foi todo reformulado tendo como premissa a integração do aluno em todas as disciplinas oferecidas. A Escola era “pensada” como um ambiente, uma “atmosfera”, no qual funcionava, além das oficinas especiais, uma série de debates com artistas e intelectuais da época; o cinema também era utilizado como recurso de ensino – ciclo Cineav.
Marcus Lontra (1983 – 1987)
O esfacelamento do poder ditatorial foi gradativo e nos anos 80 a mudança não foi um processo conquistado pela população, por mais que existissem manifestações populares como as chamadas “Diretas já”. O fim da ditadura foi mais um processo de desgaste político do sistema do que uma conquista nacional. A transição da ditadura militar para a democracia no Brasil, segundo Elio Gaspari (Nápoles, Itália, 1944), foi “desmontando aos poucos, com tamanha precisão que até hoje não se pode dizer quando acabou”.[1]
Nelson Augusto (1983)

Nelson Augusto ocupa a Direção da EAV apenas por quatro meses em 1983. Esse momento, porém, marca um importante período de transição política, sendo Chagas Freitas o último governador da ditadura militar sucedido por Leonel Brizola, primeiro governador eleito depois de anos de repressão.
Nelson Augusto, artista intermídia, iniciou a trajetória no Museu de Arte Moderna (MAM-RJ), onde lecionou e foi coordenador de ensino do Bloco Escola em 1970, com orientação do curador Frederico Morais. O artista atuou concomitantemente no Bloco Escola (até 1977), e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, (onde ingressou em 1975, convidado por Paulo Afonso Grisolli), ministrando os cursos. Foi o assistente de direção do período Gerchman e continuou trabalhando na Escola até o início da gestão de Claudia Saldanha (2008), exercendo os cargos de diretoria, coordenadorias de ensino, eventos e exposições. Nelson Augusto, foi discípulo dos artistas visuais, Lygia Pape e Aluísio Carvão, participou como artista visual em diversas exposições coletivas e individuais no Brasil, inclusive na Bienal de São Paulo, no ano de 1973.
Rubem Breitman (1979 – 1983)
A gestão de Rubem Breitman (1932-2001) foi norteada pelo período de transição com a saída de Ernesto Geisel (1907-1996) em 1979 e a posse da Presidência da República de João Figueiredo (1918-1999), último presidente militar que dá continuidade à abertura política; finalizando seu mandato em 1985.
Rubens Gerchman (1975 – 1979)
A inauguração da Escola de Artes Visuais – EAV, em 1975, foi marcada pelo afrouxamento da repressão política ocasionada por Ernesto Geisel (1907–1996) na Presidência da República. Nesse mesmo momento acontecia a fusão entre o Estado da Guanabara e o Estado do Rio de Janeiro que passa a ser governado por Floriano Peixoto Faria Lima (1917–2011).