Descrição
Pro ritual ter força, precisa ser junteDepois de inúmeras versões, etapas e processos: nosso quinto corte.Surgimos fabulando uma gestação em espiral, proposta que remonta e acumula memórias que passaram. Um corte inconclusivo que vai ao ar e movimenta o tempo. Após três meses de segredo e estopim, o que é isso que se solta?Aqui nos referimos ao aspecto ritual da vida. Tanto cotidiano, urbano, rotineiro, quanto natural, selvagem, diaspórico. O ritual se caracteriza por uma brecha espaço-temporal, onde através do corpo em relação às materialidades, se gesta um estado de presença. A presença é convocada, pela ação, pelo sentir.Nossos trabalhos convocam corpos e corpas. Acionando outra temporalidade em nós, indócil e anti-civilizatória, em relação. Ressignificar ritos do dia-a-dia: dormir, sonhar, trabalhar, comer, descansar, observar, manifestar, respirar. O corte 5 é carne viva, lambe os fios, afia as fissuras, cria espaços. Convoca à ancestralidade cortante.Os públicos são bem-vindos a colocar máscaras, deitar-se na tenda-mar, mirar através das pedras, pelas pedras e com as pedras, apoiar-se em travesseiros para escutar sons, adentrar espaços de (con)vivência. Encontramos aqui estratégias de cuidado que materializam, através de imagens, sons, elementos e movimentos, demandas individuais e coletivas.