Luiz Aquila, desde que ingressou na EAV, passou por diferentes cargos. Iniciou suas atividades como professor da Escola, na época de Rubem Breitman (1979–1983), foi presidente da Associação de Amigos da Escola de Artes Visuais – Ameav, na gestão de Frederico Morais (1987–1988), a quem substituiu como diretor. Diferentemente das outras sucessões, Luiz Aquila não foi nomeado pelo secretário de Cultura. Assume em novembro de 1988, primeiramente de forma interina e após um processo interno de legitimação. Em função do reconhecimento de sua trajetória, é escolhido pelos professores para continuar à frente da Escola de Artes Visuais, ficando no cargo até maio de 1991 (aproximadamente por três anos e meio). Aquila enfrentou, no início de sua gestão, um desafio herdado de Frederico Morais: as deliberações finais da exposição I Bienal de Escultura ao Ar Livre do Rio de Janeiro. Mesmo com todo empenho, a exposição não conseguiu ser realizada devido à falta de investimento público.
Em 1988, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) ameaça despejar a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, questão que já vinha assombrando a instituição desde a gestão de Frederico Morais. Luiz Aquila consegue que seja assinado um acordo entre o ministro da Agricultura, Iris Resende, e o governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco.
No entanto, no ano seguinte, para surpresa da comunidade artística, é retomada a disputa pela permanência da Escola de Artes Visuais no Parque Lage. Uma ação de despejo foi movida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – Ibama, acarretando um novo convênio entre o governador Moreira Franco, Fernando César Mesquita, presidente do Ibama e a EAV, que garantia a estabilidade da Escola até 1994.
Em 1991, mais uma vez a direção da Escola é surpreendida com o pedido de reintegração de posse solicitada pelo Ibama (então presidido por Tânia Munhoz), desconsiderando o convênio anteriormente assinado. Exigiu-se do diretor Luiz Aquila uma grande negociação para que conseguisse articular a continuidade da Escola no Parque. Foi uma vitória significativa que concedeu licença de uso do Palacete Lage por dez anos, por decreto assinado por Fernando Collor de Mello, pelo secretário Nacional de Cultura, Sérgio Paulo Rouanet, e pelo governador Leonel Brizola (que toma posse em março de 1991), colocando um ponto final na disputa judicial entre a Escola e o Ibama.