Apesar do breve tempo em que foi diretor da Escola de Artes Visuais, pouco mais de um ano, Frederico Morais promoveu uma revolução estético-conceitual, tanto no ensino sob coordenação de Giodana Holanda, quanto nas exposições, núcleo coordenado por Nelson Augusto.
O programa de cursos foi todo reformulado tendo como premissa a integração do aluno em todas as disciplinas oferecidas. A Escola era “pensada” como um ambiente, uma “atmosfera”, no qual funcionava, além das oficinas especiais, uma série de debates com artistas e intelectuais da época; o cinema também era utilizado como recurso de ensino – ciclo Cineav.
Frederico Morais foi responsável pela terceira mudança de logomarca na história da EAV, apresentando a referência ao casarão. Sabemos que nessa época Giovanni Bianco (1965) coordenava a programação visual da Escola.
Nesse período podemos observar um pensamento complexo na idealização e execução das mostras na EAV; é em decorrência da não realização da exposição intitulada I Bienal de Escultura ao Ar Livre do Rio de Janeiro que Frederico Morais se demite da curadoria e da direção da Escola.
Outro ponto relevante para compreendermos essa gestão é o enfoque dado à Biblioteca, que nesse momento passa a ocupar o Salão Nobre, e para Frederico essa ação é um ato político, posto que o conhecimento estaria no centro do casarão, ponto de encontro e discussão.
A gestão contava com uma programação de eventos regulares como a série de entrevistas, cujo objetivo era buscar uma aproximação maior do público com artistas e produtores de cultura no Rio de Janeiro. Os coordenadores da ação eram Gianguido Bonfanti e Beatriz Milhazes.