A gestão de Cláudia Saldanha é marcada por uma transição política no país, com o término do segundo mandato de Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) consolidado no Brasil. Abre a disputa para um novo processo eleitoral, em que vence Dilma Rousseff, indicação de Lula para ser sua sucessora.
Dilma ganhou destaque na equipe de governo por formular o plano do governo na área energética ainda no mandato de Lula, quando foi convidada para ocupar a pasta de Minas e Energia em 2003 permanecendo até 2005. Em outubro de 2010 foi a primeira mulher eleita para ocupar a Presidência da República.
A presidenta convida a cantora Ana de Hollanda para ser ministra da Cultura, que retoma a discussão do direito autoral gerando insatisfações nos movimentos da cultura. E por isso foi afastada do cargo em setembro de 2012, sendo substituída pela senadora Marta Suplicy, que, mesmo ficando apenas dois anos no cargo, consegue viabilizar a aprovação do Sistema Nacional de Cultura, da Política Nacional de Cultura Viva e do programa Vale-Cultura. Além de ter lançado editais afirmativos em defesa da produção afrodescendente no país.
No Rio de janeiro, as eleições para prefeito, em outubro de 2012, reelegem Eduardo Paes. Em junho de 2013, o Brasil vivenciou em praticamente todos os seus Estados, manifestações populares em decorrência do aumento das passagens de ônibus. No Rio de Janeiro, as manifestações tiveram seu ápice com a ocupação da avenida Presidente Vargas, que levou cerca de 1 milhão de pessoas às ruas, pressionando o Estado a reduzir o aumento das passagens. Nesse momento o nome do governador Sérgio Cabral Filho é envolvido em esquemas de corrupção com empresas de transporte urbano. O Governo do Estado do Rio de Janeiro permanece com Sérgio Cabral até abril de 2014, quando renuncia, e é substituído pelo seu vice, Luiz Fernando Pezão, que acaba sendo eleito nas eleições de outubro do mesmo ano. Adriana Rattes continuou à frente da Secretaria do Estado da Cultura do Rio de Janeiro e promoveu uma verdadeira revolução de gestão, reestruturando a pasta. Segundo ela:
A estruturação passou pela publicação de um novo organograma, criando superintendências com missões especificas. Fizemos um acordo de gestão com a Secretaria de Planejamento para aumentar a equipe e diminuir os gastos de custeio da secretaria. Praticamente todos os recursos de investimento este ano vieram do que se economizou com custeio. Quando cheguei, o orçamento já estava aprovado, não havia como conseguir mais dinheiro.
Essa alteração de gestão promoveu, por sua vez, uma mudança em todos os órgãos associados, novas políticas públicas e o fortalecimento da cultura no Estado de uma forma geral. Entre outras medidas adotadas por Rattes está a inclusão dos debates que levarão à homologação do contrato de gestão de uma Organização Social – OS para a administração de equipamentos culturais, entre os quais estão as Bibliotecas Parques, a Escola de Artes Visuais, a Casa França-Brasil.