Nelson Augusto
Nelson Augusto esteve à frente da direção da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) por um breve período de quatro meses, em 1983. Esse momento, embora curto, ocorreu em um contexto político de grande relevância: o fim da ditadura militar, com a saída do governador Chagas Freitas, e a posse de Leonel Brizola, o primeiro governador eleito após anos de repressão. Essa transição política também refletiu mudanças no ambiente institucional da escola.
Apesar da importância desse período, não há documentação disponível que registre de forma detalhada a gestão de Nelson Augusto na EAV. A ausência de registros pode ser atribuída às circunstâncias do momento histórico vivido, quando muitos documentos não foram preservados ou não foram encontrados. Até o momento, nenhum material relacionado a essa fase foi disponibilizado no acervo da escola.
Nelson Augusto, artista intermídia, iniciou sua trajetória no Museu de Arte Moderna (MAM-RJ), onde lecionou e coordenou o Bloco Escola em 1970, sob a orientação do curador Frederico Morais. Ao longo de sua carreira, ele também atuou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde ingressou em 1975, a convite de Paulo Afonso Grisolli. Na EAV, ministrou cursos e desempenhou um papel fundamental na formação de novos artistas. Seu envolvimento com a escola se estendeu até o início da gestão de Claudia Saldanha, em 2008, quando assumiu diversos cargos, incluindo o de diretor, coordenador de ensino e coordenador de eventos e exposições.
Nelson Augusto foi discípulo de artistas como Lygia Pape e Aluísio Carvão, e participou de importantes exposições, incluindo a Bienal de São Paulo em 1973. Sua contribuição para a arte brasileira e sua influência na EAV são amplamente reconhecidas, mas a falta de documentação sobre sua gestão de 1983 ainda representa uma lacuna na história oficial da escola.